Libertar, partir e chegar.

Ir é tão importante quanto ficar? Partir tem seu poder arraigado a Liberdade, realizam um culto que ecumeniza ânsias, frustrações, e muito mais, valorizam e quantificam a ideia de perda, maximizam nosso ideario de ida e vindas, aumentam a passagem, sinalizam nossas contrições e com a ida jejuamos algumas horas e depois tudo volta a ser ceú e inferno. Nossa fome é partida com os pés nos devaneios de um certo porvir inexorável, sem as fagulhas da prolixidade e das imensas goladas do esdrúxulo bêbado que já partiu faz tempo em suas goladas que sinalizam calçadas, meio fio, ressaca e chegada, não do imaculado homem sem alcool, mas do ser liberto do letargico momento que compõe para nossa existência a importância de se partir e deixar o ficar do ser que se foi.
Pois que parta já, parindo sem risos o trabalho e tudo mais, que se vá se esvaindo de si não de nós e acumule lembranças que somarão bolsas abaixo dos olhos. Para cada ida existe um trafegante ser que parte, lembra, isola, frustra, emociona e por fim liberta a partida para deixa de ser continuo e ressonante, deixa para que a música ressoe almas precisão da estática da chegada. Vai ver alma chegar!

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